sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Paixão Louca


Queria entender o porquê
desse arrepio, o cio que sinto
quando vejo você...

Não consigo controlar meu
desejo, não paro de te querer,
e sonhar com seu beijo...

Quero te beijar loucamente de
manhã, caminhar de mãos dadas,
comer maçã, dar risadas de repente,
ter a vida pela frente, e viver...

Nos seus braços me envolver,
perder a razão... Enlouquecer.

Então, não faz mais isso não...
Vem me beijar na boca, e me dizer,
que vai deixar essa paixão louca
acontecer...

Jackeline Cardoso

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

QUEM ESPERA…



Quem ama, espera,
quem deseja, espera...
Quem quer, quem ama,
quem sonha e deseja,
tem paciência...
Espera !

Estou esperando,
desejando,
há muito tempo,
ter você frente a frente...
Ter você bem presente.

E sentir, em sua voz,
e em seu olhar,
se você me dirá
aquilo que eu sonho,
de você um dia ouvir.

Sentir o toque de mãos,
a força do seu abraço,
um beijo bem carinhoso,
nos cabelos, um afago.

Nossos sonhos se confundem,
queremos o mesmo destino.
Um alguém, que sendo nosso,
compartilhe em tudo,
da tristeza à alegria,
da luta do dia-a-dia.

Que seja bem carinhoso,
esse alguém que espero,
esse alguém que eu venero,
de quem só conheço a voz.

Nós já choramos juntos,
juntos também sorrimos,
as vezes em gargalhadas,
terminavam nossos papos.

Parecendo, ou até sendo,
por peraltices em palavras,
dois meninos bem levados.

Mas, agora me parece,
que vai chegando ao fim,
essa penosa e longa espera.
E o encontro então se fará,
tornando real a quimera,
do sonho à realidade,
de dois seres apaixonados.



José Maciel.


( Dedico essa poesia a uma pessoa muito especial... É para você Luiz

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Fazer amor é coisa séria demais



Não basta um corpo e outro corpo, misturados num desejo insosso, desses que dão feito fome trivial, nascida da gula descuidada, aplacada sem zelo, sem composturas , sem respeito, atendendo exclusivamente a voracidade do apetite.

Fazer amor é percorrer as trilhas da alma, uma alma tateando outra alma, desvendando véus, descobrindo profundezas, penetrando nos escondidos, sem pressa com delicadeza ... porque alma tem tessitura de cristal, deve ser tocada nas levezas, apalpada com amaciamentos.. até que o corpo descubra cada uma das suas funções.

Quando a descoberta acontece é que o ato de amor começa.

As mãos deslizam sobre as curvas, como se tocando nuvens, a boca vai acordando e retirando gostos, provocando os sabores, bebendo a seiva que jorra das nascentes, escorrendo em dons, é o côncavo e o convexo em amorosa conjunção.

Fazer amor é Ressurreição !!!

É nascer de novo : no abraço que aperta sem sufocamentos no beijo que cala a sede gritante, na escalada dos degraus celestiais que levam ao gozo.

Vale chorar, vale gemer .. vale gritar, porque ai já se chegou ao paraíso, e qualquer som ha de sair melódico e afinado, seja grave, agudo, pianinho... há de ser sempre o acorde faltante quando amantes iniciam o milagre do encontro.

Corpos se ajustaram, almas matizaram ... Fez-se o Êxtase !!! É o instante da paz ... é a escritura da serenidade !

E os amantes em assunção pisam eternidades !!!!



( Palavras de um Frei do Colégio Santo Agostinho )

Da Dor de Amar


A Dor que eu senti
não tinha nome.
Tinha endereço
CEP, telefone
E-mail, MSN…
Mas nome mesmo, não tinha

Não era dor de amor
Não era saudade
Ferida não era
Não era amizade perdida

Talvez, confiança traída
Mas não era, também
Ela me traiu, mas eu sabia
dos amores, das paixões dela

Me senti pequeno
Me senti sozinho e frio
Mas era diferente do de costume.
Solidão, não era.

Não sinto fome, não sinto sono
fechar os olhos já não quero
deitar já não consigo
beber agua já não mata minha sede

Tomei mil banhos e não me limparam
por que não era eu que estava sujo
Não…Não era eu…
A sujeira vinha de outra pessoa.

Me sinto insuficiente
fraco e despido em meio a uma rua
onde passam carros, bondes, aviões
e ela está lá, com ela.

Não sou bom o suficiente
não consigo fazer a felicidade
em outra pessoa, NESSA pessoa
ela precisa de outra.

Não dormi bem, pois os olhos
fechados produziam escuridão
a escuridão daquele quarto
Onde pude ve-las, ve-las

Cada vez que eu pisco
já não suporto o escuro
Já não tenho sonhos
Já não tenho pernas ou braços

Minha casa virou meu mundo
“o que não me mata, me fortalace”
Eu acredito, acredito e repito.
“o que não me mata, me fortalace”

E eu que ateu, rezei
eu que preguiçoso, avancei confiante
que machucado, abracei e cantei
escrevi, digitei, procurei…Por ela

fiquei do lado de fora, com frio
mas fiquei, fiquei preocupado
Engoli orgulho, engoli tristeza
sussurei palavras de amor…

Hoje meu corpo dói
Minha cabeça dói
Meus dedos doem, mas não paro
Meu coração dói, mas não pára

E o espírito se trinca
O estomago está embrulhado
A alma está sangrando
e as poesias já não fazem mais sentido.
Rafael Rabelo

Simplicidade e Tudo ...


Eu quero um poema simples
sem rodeios ou delongas
Sem mistérios e coisa do tipo

Quero um poema que se olhe
e entenda, que seja transparente
como vidro, como água, alma

Um poema risonho e brincalhão
que não busque resposta nem pergunta
poema não afetado, sincero

Poema feito jóia diamante
sem rima, sem metro, sem tamanho
sem dor, até, sem amor, só um poema

Quero só falar da simplicidade
de viver, de ver o desabrochar
dos botões de rosas na primavera

Só quero uns versos toscos
sobre amar ser bom, ser feliz
e simples, quero versos retos

Um poema ingênuo de si mesmo
quero palavras puras de sabor
de candura, de desprezo de si

Quero palavras sinceras sobre
tudo, e sobre nada, por que
alguma coisa seria demais

Quero poder falar dos copos
falar de óculos, de mesas
sem devaneios, sem rodeios

Não quero questionar nada
e talvez nem procurar, só
parar o mundo com as palavras

Quero o menos complexo
de si mesmo, do mundo, de tudo
Ah! Talvez nem queira coisa alguma

Mas, enfim, colho palavras no ar
e monto um poema como a alma pura
um poema sobre nada e coisa alguma
ou um poema sobre a verdade e doçura
Rafael Rabelo

Mulherão

Peça para um homem descrever um mulherão.
Ele imediatamente vai falar no tamanho dos seios, na medida da cintura, nas pernas, bumbum
Vão dizer que tem que ser loira, 1,80 m, siliconada.

Agora, pergunte para uma mulher o que ela considera um mulherão e você vai descobrir que tem uma em cada esquina...

Mulherão é aquela que pega dois ônibus para ir ao trabalho e mais dois para voltar e, quando chega em casa, encontra um tanque lotado de roupa e uma família morta de fome.

Mulherão é aquela que vai de madrugada para a fila garantir matrícula na escola e aquela aposentada que passa horas em pé na fila do banco para buscar uma pensão de R$ 100,00.

Mulherão é a empresária que administra dezenas de funcionários de segunda a sexta e uma família todos os dias da semana.

Mulherão é quem volta do supermercado segurando várias sacolas depois de ter pesquisado preços e feito malabarismo com o orçamento.

Mulherão é aquela que se depila, que passa cremes, que se maquia, que faz dietas, que malha, que usa salto alto, meia-calça, ajeita o cabelo e se perfuma, mesmo sem nenhum convite para ser capa de revista.

Mulherão é quem leva os filhos na escola, busca os filhos na escola, leva os filhos na natação, busca os filhos na natação, leva os filhos para a cama, conta histórias, dá um beijo e apaga a luz.

Mulherão é aquela mãe de adolescente que não dorme enquanto ele não chega. é quem, de manhã bem cedo, já está de pé, esquentando o leite.

Mulherão é quem leciona em troca de um salário mínimo, é quem faz serviços voluntários, é quem colhe uva, é quem opera pacientes, é quem lava a roupa para fora, é quem bota a mesa, cozinha o feijão e, à tarde, trabalha atrás de balcão.

Mulherão é quem cria os filhos sozinha, é quem dá expediente de 8 horas e enfrenta menopausa, TPM e menstruação.

Mulherão é quem arruma os armários, coloca flores nos vasos, fecha a cortina para o sol não desbotar os móveis, mantém a geladeira cheia e os cinzeiros vazios.

Mulherão é quem sabe onde cada coisa está, o que cada filho sente e qual o melhor remédio para azia.
Julianas, Luizas, Sheilas ...

Mulheres nota 10 no quesito lindas de morrer, mas mulherão é quem mata um leão por dia!

Martha Medeiros